Um dos grandes problemas na motivação é que ela é como um desodorizante: tem de se usar todos os dias, ou certo é que fica a cheirar mal.
É normal perdermos a motivação de tempos a tempos. Isto tem a ver com imensos factores: psicológicos, químicos, físicos, etc. Por isso não vale a pena pensarmos que conseguimos criar um ambiente anti-desmotivação. Ela vai acontecer, por isso relaxe e prepare-se: vamos reacender essa motivação!
Não é fácil perceber o que vai dentro da nossa cabeça. Há cientistas a trabalhar nisso durante toda a vida e são poucas as elações que conseguem discernir como certezas. Mas os efeitos estão lá.
No entanto, não é necessário ser um cientista para saber que há coisas que nos motivam e outras que não nos motivam nada. Fazer algo que não nos traz prazer é ponto assente que não nos motiva nada.
Fazer algo que não tem dificuldade e nos traz prazer, contínuo ou imediato, é algo extremamente atractivo. E se for algo que acarreta prejuízos então estamos face a face com um vício. Mas isso são outros 500.
O que importa saber é que a motivação tem realmente muito a ver com o prazer e o desafio. Basta o nosso cérebro saber que o desafio é enorme e que não há prazer imediato para, em muitos casos, as pessoas ficarem quietas.
Mudar a perspectiva
Quando estamos a falar em pessoas, é arriscado atirar um padrão ao ar e dizer: isto funciona sempre! Pode não acontecer. Estudos há (infelizmente não tenho nenhum para dar como indicação) que dando um mapa a um indíviduo mostrando um objectivo que esta deseje, ou seja se uma pessoa seguir determinados passos, executar determinadas tarefas e durante um período X de tempo, essa pessoa atinge o objectivo Y, concretamente, essa pessoa acaba por não o fazer devido ao esforço que isso obriga ao longo prazo. Mais ainda há pessoas que abandonam o percurso apesar de terem obtido resultados favoráveis. Claramente não estavam motivadas!
Assim é necessário mudar a perspectiva e sobretudo não olhar para o plano em larga escala. Tomemos em consideração o objectivo de perda de massa gorda. É muito complicado entregar um plano de 6 meses com muito exercício, pontos de alteração de hábitos radicais, ou seja, um grande plano com muito esforço, a alguém sem motivação, com falta de auto-estima, etc.
A motivação amamenta-se com pequenos sucessos
Temos então de tirar os óculos de ver ao longe e colocar os de ver ao perto. Pegar no plano e esticá-lo por mais um mês ou uma semana ou um dia, o que seja, para reacender o estímulo da motivação.
E é muito simples e básico. Significa engolir pequenos sucessos todos os dias, de preferência a todas as horas.
Todos os dias, ao pequeno almoço, essa pessoa come um bolo de arroz. Vamos mudar esse bolo de arroz, para um pastel de nata, que é menos calórico. É o ideal ? Claro que não! Mas é uma mudança no sentido que queremos. Daí registamos esse sucesso, num caderno, num diário, num ficheiro em notepad, o que seja.
E esse sucesso tem de perdurar 21 dias seguidos, pra ser um hábito. Mas não vamos esperar até lá… Vamos alterar outro hábito que seria por exemplo, fazer uma volta ao bairro para ir falar com o vizinho ou amigo.
É ridículo pensar em coisas tão pequenas ? Nem por isso, especialmente quando se trata de disciplinar o cérebro. Este não é só estimulado pelas grandes mudanças, mas também pelas pequenas.
Se treinarmos a nossa mente a aceitar desafios, a ficarmos felizes por conseguir obter sucessos, a aceitar mudanças, não só estamos a preparar os próximos passos, mais complexos, a aceitar que somos capazes e, principalmente, a estarmos motivados por ultrapassá-los. Já diz o velho provérbio: o trabalho do pequeno é pouco, mas quem o rejeita é louco!
Nenhum comentário:
Postar um comentário