Introdução


terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Certeza Que Só o Amor Tem

Não é a dor que quero entender (essa dói e pronto),
mas esse mistério de duas almas
que não se tocam no físico
e têm quase uma unidade na imortalidade.

Mas é isso que quero!

Você me ama?

Você quer construir uma vida comigo?

Tem desejo e sabor?

Eu sinto que você me quer, precisa de mim,
mas será que eu estarei
ao nível de suas expectativas?

Eu queria uma certeza,
quantas vezes vislumbrei o que seria o derradeiro
e nem início era.

Quantas vezes esperei contar
e só senti se afastarem e eu ficar no chão...

Eu quero a certeza do absoluto.

A afirmação positiva.

Não quero os sonhos dos loucos,
nem a vontade dos sem-alma.

Eu quero a certeza da vida.

A afirmação do amor.

Não apenas um amor carnal e dirigido,
mas do sentimento verdadeiro
que se entranha na alma
e que não existam mágoas, que não dissolva.

Quero ter a certeza premonitória
que posso mergulhar, que não encontrarei uma pedra.

Quero a certeza da luz
que não se machuca nos espinhos,
penetra as sombras, não se inibe no mar...

Ou a certeza ou nada!

Duas almas que constroem uma estrada juntos,
não sabem como esse trajeto será,
mas apenas têm uma certeza quase sobre-humana
que têm que construir juntas.

São vidas independentes, mas harmônicas.

São autônomas, mas responsáveis.

Consistentes no que sentem
e têm a certeza do que realmente sentem.

Não é um "eu acho", "pode ser", "quem sabe",
"vamos tentar", "se der certo"...

É a certeza que só o verdadeiro amor tem.

Que não tem fronteiras, nem modos,
um amor que não espreita, não sucumbe,
nem apenas existe para satisfazer
nossos pequenos egoísmos.
Carlos Eduardo Bronzoni

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