Introdução


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Sorvete da alma

Semana passada, levei meus filhos ao restaurante.
Meu filho de 6 anos perguntou se poderia dar graças, antes da refeição.
Concordei, e ele, então, disse:
- Obrigado, meu Deus, pela comida.
Ficarei ainda mais agradecido se minha mãe nos der sorvete de sobremesa... Amém!
Os clientes, em volta, riram ao ouvir a prece do meu filho, mas ouvi uma mulher fazer um comentário maldoso:
- É isso que está errado.
Essas crianças de hoje nem aprendem a rezar direito.
E os pais nem percebem isso.
Onde já se viu um menino rezar para ganhar sorvete?
Escutando isso, meu filho ficou embaraçado e perguntou:
- O que aconteceu? Deus está zangado comigo?
Enquanto eu o abraçava e lhe assegurava que havia feito uma oração maravilhosa, disse:
- Deus, com toda a certeza, não estava zangado com você.
Até um homem sentado perto comentou:
- Deus achou que foi uma grande oração!
E, olhando para a mulher, fez outro comentário:
- Pena que mais gente nunca tenha pedido sorvete a Deus... Faz bem pra alma!
- Mesmo? - meu filho perguntou.
Naturalmente, eu comprei sorvete para todos, ao final da refeição.
Meu filho olhou fixamente para a sua taça e fez algo que surpreendeu a todos:
Ele pegou o seu sorvete e, sem uma palavra, caminhou em direção da mulher que havia feito o comentário maldoso
e o colocou na frente dela.
E, com um grande sorriso, lhe disse:
- Aqui, este é para você. Sorvete, às vezes, é bom para a alma. E a minha já está bastante boa...
Peça sorvete você também!

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