Você tem plena certeza de que encontrou o amor da sua vida, no
entanto, ele comete recorrentes deslizes. O parceiro freqüentemente a
magoa, deixa você esperando durante horas e, em alguns dias, nem lembra
da sua existência. Será que ele é mesmo o homem da sua vida? Vale a pena
investir em uma relação difícil?
Segundo a terapeuta sexual e de casais Margareth dos Reis, o
essencial é verificar se a convivência ao lado dele anda trazendo mais
dor, sofrimento e frustração do que felicidade. Afinal, você precisa se
perguntar o que quer para sua vida.
Se o relacionamento tiver potencial para se desenvolver, os ajustes
têm de ser feitos em comum acordo para que não haja acusações de ambos
os lados no futuro.
A terapeuta de casais Ana Lúcia Horta explica que as relações só são
construídas a partir de contratos e combinações entre o homem e a
mulher. E para tanto, o casal deve aprender a conversar de maneira que
os dois se façam entender.
Por exemplo, as mulheres acreditam ser um dever dos parceiros avisar
quando vão chegar em casa atrasados. E quando isso não ocorre, é briga
na certa. Porém, a terapeuta sexual Eliete de Medeiros afirma que esta
não é uma obrigação, mas um comportamento exigido pela sociedade.
Mas, para solucionar o impasse, Eliete aconselha um diálogo sincero
entre os dois. A solução é o casal criar, por consenso, o hábito de
avisar um ao outro. No entanto, o acordo não poder ser impositivo, pois o
“truque” só terá êxito se o homem compreender que um atraso gera além
de preocupação, suposições negativas, como medo de traição.
O grande erro é idealizar o relacionamento e também a pessoa amada.
No início do romance, na fase da paixão, as pessoas se relacionam com o
“personagem” idealizado e não conseguem enxergar como o outro realmente
é. Com o tempo de convivência, os defeitos surgem e aí é hora de testar
se vale a pena seguir adiante.
“As pessoas têm a pressa pelas coisas prontas. Elas se mostram
impacientes, exigentes e radicais”, afirma Eliete de Medeiros. Este
comportamento imediatista geralmente conduz a relação ao fim. “O que se
deve fazer é buscar o real para harmonizar com o ideal”, diz a
terapeuta.
Para decidir se você deve investir no “amor difícil” é fundamental
avaliar, principalmente, três coisas: se há admiração e respeito mútuos,
se ele está comprometido em construir um projeto de vida a dois e se
ele está disposto a usar a criatividade para não deixar o relacionamento
cair na rotina.
“Quando os dois não conseguem fazer acordos, é melhor procurar uma
terceira pessoa para ajudá-los a encontrar a saída, como um terapeuta”,
aconselha Ana Lúcia Horta.
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