Introdução


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Vale a pena investir em um amor difícil?

Você tem plena certeza de que encontrou o amor da sua vida, no entanto, ele comete recorrentes deslizes. O parceiro freqüentemente a magoa, deixa você esperando durante horas e, em alguns dias, nem lembra da sua existência. Será que ele é mesmo o homem da sua vida? Vale a pena investir em uma relação difícil?
Segundo a terapeuta sexual e de casais Margareth dos Reis, o essencial é verificar se a convivência ao lado dele anda trazendo mais dor, sofrimento e frustração do que felicidade. Afinal, você precisa se perguntar o que quer para sua vida.
Se o relacionamento tiver potencial para se desenvolver, os ajustes têm de ser feitos em comum acordo para que não haja acusações de ambos os lados no futuro.
A terapeuta de casais Ana Lúcia Horta explica que as relações só são construídas a partir de contratos e combinações entre o homem e a mulher. E para tanto, o casal deve aprender a conversar de maneira que os dois se façam entender.
Por exemplo, as mulheres acreditam ser um dever dos parceiros avisar quando vão chegar em casa atrasados. E quando isso não ocorre, é briga na certa. Porém, a terapeuta sexual Eliete de Medeiros afirma que esta não é uma obrigação, mas um comportamento exigido pela sociedade.
Mas, para solucionar o impasse, Eliete aconselha um diálogo sincero entre os dois. A solução é o casal criar, por consenso, o hábito de avisar um ao outro. No entanto, o acordo não poder ser impositivo, pois o “truque” só terá êxito se o homem compreender que um atraso gera além de preocupação, suposições negativas, como medo de traição.
O grande erro é idealizar o relacionamento e também a pessoa amada. No início do romance, na fase da paixão, as pessoas se relacionam com o “personagem” idealizado e não conseguem enxergar como o outro realmente é. Com o tempo de convivência, os defeitos surgem e aí é hora de testar se vale a pena seguir adiante.
“As pessoas têm a pressa pelas coisas prontas. Elas se mostram impacientes, exigentes e radicais”, afirma Eliete de Medeiros. Este comportamento imediatista geralmente conduz a relação ao fim. “O que se deve fazer é buscar o real para harmonizar com o ideal”, diz a terapeuta.
Para decidir se você deve investir no “amor difícil” é fundamental avaliar, principalmente, três coisas: se há admiração e respeito mútuos, se ele está comprometido em construir um projeto de vida a dois e se ele está disposto a usar a criatividade para não deixar o relacionamento cair na rotina.
“Quando os dois não conseguem fazer acordos, é melhor procurar uma terceira pessoa para ajudá-los a encontrar a saída, como um terapeuta”, aconselha Ana Lúcia Horta.

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