Introdução


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Pergunte-me

Quando eu reclamo o que não recebo, pergunte-me se sei quanto não dou.
Quando eu me lamento porque sofro, pergunte-me quantas vezes eu faço sofrer.

Quando eu acuso a ignorância, pergunte-me se eu analiso meus próprios conhecimentos.

Quando eu condeno o erro, pergunte-me se eu sei o quanto erro.

Quando eu digo que sou amigo sincero, pergunte-me se analiso-me com sinceridade.

Quando eu me queixo da penúria, pergunte-me quanto possuo mais do que outros.

Quando eu critico o mundo, pergunte-me o que faço para melhorá-lo.

Quando eu sonho com o céu, pergunte-me quanto tento extinguir o inferno.
Quando eu me digo modesto, pergunte-me se tenho orgulho de parecer humilde.

Quando eu condeno o mal, pergunte-me se tenho procurado difundir o Bem.

Quando eu deploro a indiferença, pergunte-me se tenho semeado o amor.
Quando eu me aflijo com a pobreza, pergunte-me se tenho usado bem minhas riquezas.

Quando eu reclamo de espinhos, pergunte-me se tenho cultivado rosas.

Quando eu lamento as trevas, pergunte-me se tenho espalhado luz.
Quando eu me ocupo comigo mesmo, pergunte-me se tenho me preocupado com os outros.

Quando eu me sinto pequeno, pergunte-me se tenho procurado crescer.

Quando eu me queixo de solidão, pergunte-me se tenho procurado ser boa companhia.
Quando eu me revolto contra a doença, pergunte-me o que tenho feito pela saúde.

Quando eu almejo a concórdia, pergunte-me se tenho combatido a discórdia.

Quando eu me digo Seu servo, pergunte-me se tenho servido para alguma coisa.

Quando eu receber as suas perguntas, pergunte-me o que farei quando eu ouvir minhas próprias respostas.

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