Somar é a primeira operação matemática que se aprende, a que temos mais
facilidade e que gostamos mais.
Primeiro agente gosta de somar várias vezes palitos e giz, depois
brinquedos e roupas da moda, depois somar dinheiro, depois somar carros e
casas, e sempre somar alegria e felicidade.
Isto já é multiplicação, que também é fácil de aprender, é só somar
várias vezes a mesma coisa.
A Segunda operação que aprendemos é a subtração.
Aí começa a ficar estranho.
Principalmente quando tem que pedir emprestado na casa do vizinho, digo,
casa decimal ao lado. Ninguém gosta mais de diminuir do que somar.
Quando chega na divisão é quase um desespero, ainda mais quando sobra um
resto.
É que ninguém entende aonde ou pra quem vai ficar o resto.
Até no cotidiano ninguém gosta de dividir nada.
A dificuldade no aprendizado não parece à toa, o homem rejeita essa
prática.
Quando o homem aprender a dividir corretamente e saber onde deve ficar o
resto, entenderá que é o mesmo que somar para alguns, mantendo a
quantidade de outros, sem necessariamente subtrair de alguém, ou seja, é
o mesmo que somar igual para todos; entenderá também que somando os
restos teremos mais um inteiro divisível, fazendo outros felizes.
O resultado final também é uma soma, a soma da felicidade geral.
Poderíamos até chamar esta operação de soma distribuída.
Com esta visão, com certeza a matemática daria mais resultados, talvez
fosse dispensável aprender contas de dividir e os homens continuariam
felizes a somar palitos, brinquedos, dinheiros, carros, casas e
felicidade, porém não somente para si. Quem sabe?
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