Introdução


sábado, 8 de dezembro de 2012

Danos que a luz artificial pode causar à pele

Engana-se quem pensa que estando abrigada da luz solar está com a pele protegida. Assim como o sol que emite raios ultravioletas, as luzes visíveis de ambientes fechados como as lâmpadas fluorescentes e a luz do computador também emitem radiação que causa alterações no DNA da pele e desencadeiam efeitos nocivos como manchas e envelhecimento.
Essa foi a conclusão de um estudo divulgado na revista “Photochemistry and Photobiology” e posteriormente debatido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
É evidente que, em comparação com os danos causados pelos efeitos solares, as luzes artificiais são menos agressivas e prejudiciais. Pode-se afirmar que oito horas de exposição às luzes de ambientes fechados como escritórios, por exemplo, equivalem a uma exposição de 1 minuto e 20 segundos em um dia claro de verão.
A intensidade dos danos causados pelas luzes é variável. As lâmpas que aquecem, como as dicróicas, costumam ser mais prejudiciais que as lâmpadas frias, que emitem radiação em menor intensidade. Já as luminárias e os refletores de consultórios odontológicos, por exemplo, costumam ser mais agressivas por ficarem mais próximas ao rosto.
No Brasil, o número de pessoas que se previne com o uso diário do protetor solar ainda é pequeno. Mesmo em se tratando de um país de clima tropical e com sol na maior parte do ano, a maioria das pessoas só lembra do protetor solar quando vai à praia ou piscina. Os que se preocupam com a proteção contra a luz visível é ainda menor e um dos principais fatores é a falta de conhecimento sobre os riscos.
Segundo o dermatologista Sérgio Schalka, membro da diretoria regional paulista da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a luz visível pode produzir radicais livres que provocam alterações nas células de pigmentação, os melancócitos e nos produtores de colágenos, os fibroblastos, por isso, mesmo com o uso de protetor solar, algumas pessoas podem apresentar manchas na pele, conhecidas como melasmas. Enquanto os raios solares são responsáveis por 67% da produção de radicais livres, a luz visível é responsável por 33%, segundo dados internacionais.
O risco existe, é fato, mas não há nenhum motivo para grandes preocupações, já que não há nenhuma relação entre os efeitos das luzes artificiais com o câncer de pele. Uma dose a mais de cuidado como incluir o uso do filtro em sua rotina diária de beleza, já pode garantir uma pele mais saudável e bonita por anos.

A única luz artifical associada a casos de câncer de pele é a utilizada em câmeras de bronzeamento artificial, que por possuírem um alto índice de radiação UVA podem desencadear a doença.
Quem faz tratamentos de pele com produtos químicos como peeling a laser ou é portador de doenças desencadeadas pela exposição solar como o lúpus ou tem tendência a desenvolver melasmas, deve ter mais atenção e cuidados.
Não tem escapatória, seja em casa, no trabalho ou ar livre, nossa pele está constantemente sujeita à incidência de luz, por isso é melhor se prevenir para garantir uma pele sempre bonita.
Atualmente o mercado disponibiliza uma série de produtos para manter a pele protegida e o que não falta é opção. Existem maquiagens com proteção, hidratantes com filtro solar que hidratam e protegem ao mesmo tempo, produtos específicos para determinadas regiões do corpo, rosto e mãos, filtros específicos para cada tipo de pele oleosa, com acne e seca, versões em creme, em gel e spray e com fatores de proteção diferentes, por isso, não tem porquê se descuidar.
E não se esqueça, independente do seu tom de pele, o protetor solar não deve ser dispensado e quanto mais clara for a cor, maior deve ser a proteção. Cuide-se.

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